19 de maio de 2013

Os Efeitos da Música

(Adaptado de: edition.cnn.com/2013/04/15/health/brain-music-research e edition.cnn.com/2012/05/26/health/mental-health/music-brain-science

Para responder se a música tem poder real sobre o homem e que efeitos podem ser observados, pesquisadores têm feito estudos relacionados ao prazer de ouvir música. Ainda não se sabe que processos químicos ocorrem exatamente ao ouvir música, mas as pesquisas estão indicando que ouvir música traz benefícios psicológicos (e.g., música tem dado bom resultado na substituição de anti-ansiolíticos antes de cirurgias). Também tem sido verificado que a música aumenta a imunidade e aumento de células que defendem nosso corpo de germes e bactérias. 

Estudos da relação de música e de uma parte do cérebro que forma expectativas demonstrou que quanto mais a música ativa essa parte do cérebro, mais os ouvintes demonstram gostar da música. Além dessa, outra parte do cérebro registra o contato com gêneros de música durante a vida, e o conhecimento prévio de padrões influencia a apreciação ou não pela música, baseada na experiência anterior da pessoa. Assim, diferentes pessoas poem o foco de suas atenções em detalhes ou partes diferentes, de acordo com suas particularidades, resultando em gostos diferentes, mas conclui-se, cientificamente, que todo cérebro faz uma análise muito similar, tendo-se observado sincronismo na localização das atividades cerebrais durante a audição de uma música desconhecida dentro de um grupo de pessoas estudadas. Essa similaridade indica que há uma similar percepção e que existe um nível da música que afeta da mesma forma todas as pessoas. Também os estudos mostram que a música não é um sinal meramente processado no cérebro, mas induz atividades cerebrais em diversas partes do cérebro envolvidas em movimento, atenção, planejamento e memória. 

(Daqui em diante, adaptado de Music: It's in your head, changing your brain

A música facilita a memorização da letra. Tocar música excita o cérebro de forma que jamais seria exercitado de outra forma, portanto podemos dizer que a música é algo necessário à humanidade. Quem não costuma apreciar música e evita ouvir música está fatalmente deixando de dar uma série de estímulos importantes ao cérebro, relacionados a outros aspectos das atividades humanas. 

Partes de músicas que "ficam presas" (ou "grudam") no ouvido são chamadas de "vermes do ouvido" ("ear worms"). Podem ser consideradas partes lindas ou horríveis, mas o cérebro parece querer repeti-las indefinidamente e parecem que nunca mais vão sair de lá. Um modo que pode, às vezes, resolver as repetições dessa memória musical de partes simples e pequenas, retirando-as da memória instantânea, é buscar outras músicas. Os cientistas acham que isso pode se dever a um "loop" físico nos circuitos neurais, mas ainda não há estudos definitivos sobre o assunto. Sabe-se, apenas, que esse fenômeno pode até causar problemas sérios de perda de concentração, mau-humor e ansiedade. 

A repetição no estudo da música permite que o cérebro grave a sequência, após inúmeras repetições, gravando músicas inteiras, mas existem pontos específicos para iniciar a execução de uma música. É comum vermos pessoas se perderem e terem que repetir tudo do início ou de um ponto distante. Os dedos de um pianista seguem a sequência gravada nos neurônios do cérebro e reforçados pela repetição. A música tem a capacidade de provocar prazer, liberando, no cérebro, dopamina após 10 a 15 segundos do estímulo considerado o clímax musical do prazer. 
Macacos não são afetados por ritmos "dançantes", embora alguns pássaros dancem ao som de batidas ritmadas. Estudos demonstram que o ritmo influencia na cooperação de tarefas e que pode, também, ajudar pessoas com doenças neurológicas (pessoas com Parkinson andam melhor quando ouvem músicas ritmadas; e pacientes com Alzheimer melhoram suas lembranças). O ritmo tem efeitos bastante poderosos e estimulam determinadas partes do cérebro. 

CONSIDERAÇÕES FINAIS 

Existem evidências científicas: 
  • de que a música tem um forte relacionamento com o cérebro; 
  • de que algumas partes dos estímulos afetam todas as pessoas da mesma forma; e 
  • de que o padrão rítmico repetitivo (música ritmada) é muito poderoso e pode ser utilizado como terapia no tratamento de doenças. 
Por essas evidências, no contexto da música religiosa, as músicas escolhidas para os cultos devem ativar as partes do cérebro "corretas" para a adoração. Isso, como demonstrado pelos estudos, não é algo totalmente relativo nem dependente exclusivamente da cultura. Existem fatores sonoros físicos que devem ser observados, principalmente com relação ao ritmo da música. Que instrumentos de ritmo adicionais e como devem ou não ser utilizados, é algo que precisa ser muito ponderado pelos dirigentes do programa, não é uma mera questão de gosto: é relativo ao verdadeiro poder da música.  Estude o assunto e, para agradar a Deus, faça as escolhas certas.

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