12 de maio de 2011

Males do som intenso


"O ouvido humano suporta até 90 decibéis. A partir daí, já existe a possibilidade de uma pessoa apresentar lesão, muitas vezes irreversível, levando a perda auditiva. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a poluição sonora a terceira maior do meio ambiente, perdendo apenas para a poluição da água e do ar."

"(...) Um indivíduo não pode permanecer em um ambiente com atividade sonora de 85 decibéis de intensidade por mais de 8 horas. Esse tempo cai para 4 horas em lugares com 90 decibéis; 2 horas em locais com 95 decibéis; e 1 hora onde a intensidade chega a 100 decibéis. (...) algumas coisas que podem parecer sem importância, como a altura do som, mas que podem acarretar conseqüências desastrosas para sua vida".

"Dependendo do período de exposição, sons de intensidades superiores a 85 decibéis podem causar 'distúrbio de dupla perversidade, pois ao mesmo tempo em que compromete nossa capacidade auditiva para sons ambientais, pode causar ainda um sintoma contínuo e muito incômodo: o zumbido. Para não ser atingido por esse problema, é necessário se adequar frente aos novos tempos de furor tecnológico dos decibéis, alimentado pela falta de organismos eficientes para controlar a poluição sonora ambiental'." 

"A lesão por ruído, geralmente fere células do ouvido responsáveis pelas freqüências agudas. 'E é justamente nestas freqüências que estão concentrados os principais fonemas para o entendimento das palavras. Quando isto ocorre, o paciente deve procurar um otorrinolaringologista para fazer o diagnóstico médico', (...) um dos recursos mais indicados para combater o problema são os chamados "mascaradores de zumbido" "Quando o tratamento medicamentoso para o zumbido não surte efeito, é necessário a adaptação de um aparelho auditivo especial para 'compensar' estas freqüências lesadas' (...)  Existem protetores auditivos com filtros, que deixam passar um som limpo como a fala, por exemplo, e protegem somente do ruído, garantindo a comunicação em um nível saudável dentro de ambientes muito ruidosos". 

"O som nocivo (poluição sonora) pode acarretar conseqüências severas à qualidade de vida da população, afetando a saúde do indivíduo e conturbando as relações sociais. 
As repercussões são de ordem individual e coletiva. No Rio de Janeiro, 60% das reclamações recebidas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, são relacionadas às agressões sonoras. Algumas pesquisas mostram que o ruído fora de controle constitui um dos agentes mais nocivos à saúde humana, causando perda da audição, zumbidos, distúrbios do labirinto, ansiedade, nervosismo, hipertensão arterial, gastrites, úlceras e impotência sexual."

"Muitas pessoas rejeitam o aparelho auditivo, mas como é natural usarmos óculos para poder amplificar as imagens, também deveríamos usar os aparelhos de amplificação sonora (AAS), também chamados de próteses auditivas, ou outros equipamentos auxiliares para a audição, sem nenhum preconceito, como forma de se minimizar os efeitos negativos da deficiência auditiva que tanto aflige as pessoas". 

A Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial adverte:
"O SOM INTENSO PROVOCA PERDA DE AUDIÇÃO"

"A exposição a sons intensos é a segunda causa mais comum de deficiência auditiva. Muito se pode fazer para prevenir a perda auditiva induzida por ruído, mas pouco pode ser feito para reverter os danos que ela causa. Algumas vezes, uma simples e única exposição a um som muito intenso pode ser suficiente para levar a um dano auditivo irreversível. Isso ocorre porque o som de alta intensidade lesa as células sensoriais auditivas, causando perda auditiva proporcional ao dano gerado, podendo levar a zumbidos e distorção sonora.

Os sintomas iniciais da perda auditiva induzida por ruído são sutis, começando, na maioria dos casos, pelas freqüências agudas. Conseqüentemente muitos indivíduos não percebem que apresentam uma perda auditiva induzida por ruído, pois todas as outras freqüências sonoras estão dentro da normalidade, e continuam se expondo a ele por falta de orientação ou conhecimento.

Ao contrário do que muitos imaginam, a exposição a sons intensos não atinge somente profissionais que trabalham em locais com elevado nível de ruído, como indústrias ou aeroportos, mas pode acontecer numa variedade de situações, que são muito freqüentes no dia-a-dia da maioria das pessoas."

"(...) a exposição a sons intensos ocorre com muito mais frequência do que se imagina. Alguns estudos mostram que a chance de um indivíduo desenvolver perda auditiva quando exposto a ruídos de 90 decibéis (dB) durante 40 anos é de 25%. Isso sem levar em consideração que apenas um único som acima de 100dB pode lesar irreversivelmente as células sensoriais de pessoas suscetíveis. Essa intensidade sonora é facilmente atingida em cinemas, danceterias, shows musicais, comemorações com fogos de artifício, que fazem parte dos hábitos comuns da vida cotidiana.

Algumas dicas podem ser seguidas para saber se você está ou esteve em um ambiente com intensidade sonora potencialmente lesiva à sua audição:
(1) se há necessidade de gritar em um determinado ambiente para se fazer ouvir; 
(2) se zumbidos ocorrem após exposição a um som intenso 
(3) se a sensação de ouvidos cheios ou de diminuição de audição aparece após a exposição sonora."

Eu acrescento a esse texto: se você está sujeito a som muito alto no ambiente que frequenta e não percebe nenhum desses sintomas, cuidado: a coisa pode ser ainda pior do que você imagina!  Crianças devem ser poupadas a todo custo.  Abaixe o excesso de volume sonoro da sua vida.

2 comentários:

  1. Gostei muito do blog, e gostaria de saber se você por acaso tem a partitura do hino Venha como estás para me enviar. Meu e-mail é rhfavero@gmail.com Grato!

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  2. Sou problemático ao me expor a sons excessivos, seja em festinhas de aniversário ou até mesmo nos templos evangélicos, pois sinto dor nas partes sensíveis do ouvido. Só que não tenho como mudar o quadro, pois a juventude gosta de sons altos, até porque não mede consequência, prefere ficar surdo num futuro próximo a que ouvir um som moderado e prazeroso de se ouvir.

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