25 de outubro de 2011

Sensibilidade e emoção

A música ao ser executada por cada intérprete, soa diferente. Existem inúmeros detalhes que modificam o som. Cada compositor ao conceber uma música, procura registrar, com os sinais gráficos convencionais, o alinhamento da execução para que haja uma linha geral em consonância com o que foi pensado sobre a composição. Existem algumas obras que ficam tão expressivas quando executadas de uma certa maneira que acaba sendo correto, senão obrigatório, executá-las sempre daquela forma.

O que faz a maior diferença no toque de um pianista é a capacidade de controlar a variação no peso de cada dedo. Sabendo usar isso de forma correta e tendo-se a sensibilidade de conjugar as infinitas diferentes expressões de forma artística. Uma execução sem expressão é uma sequência de sons, não uma música. A música pressupõe uma interpretação sensível, transmitindo emoção pela energia transmitida pelas ondas sonoras. A energia transmitida pelo piano, por exemplo, atinge o ouvido e corpo do ouvinte, provocando emoções. Se isso ocorrer, há música.

Detalhe simples para um iniciante em piano: comece a pensar em cada pequena e simples peça tocada em seu piano como sendo uma obra que precisa ter o máximo possível de emoção. Não toque mecanicamente, nunca. Não corra desesperadamente sem razão, pois é mais difícil ser sensível e atingir os detalhes de acentuações, ligações, dinâmica e variações no andamento quando se estuda de modo lento. Toque leve na maioria das músicas para poder transmitir o peso nas notas mais fortes. Faça um trecho forte com diferentes acentuações, baseando-se em sua criatividade e sentimento da música em questão. Escolha músicas que possam tocar você fundo e, assim, possam expressar o seu sentimento. Não toque piano (ou outro instrumento qualquer) para os outros; toque-o para você. Sinta e viva a música. Ria e chore, viva e morra, tenha alegria e saudade com ela. Quando começar a perceber isto, sua execução será a verdadeira música: sensibilidade e emoção.

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